PASSEIOS SAZONAIS | 1 NOITE E 1 DIA
MEMÓRIAS E RESISTÊNCIA NA
PLANÍCIE ALENTEJANA:
DE BALEIZÃO À ALDEIA COMUNITÁRIA DE AIVADOS
NOVAS DATAS A ANUNCIAR
Em Abril, mês de festividades, vamos conhecer as vivências da planície alentejana de há cem anos. Como seria viver nesta região marcada pela distância, ritmada pelas estações? Hoje, a terra é trabalhada de outra forma, detida por novos agentes económicos e vista por um outro olhar cultural: também com estes protagonistas procuramos conhecer as tonalidades da história da terra no Alentejo. Desde o Estado Novo à Revolução de 74 e o que lhe seguiu, ficamos a conhecer estas vivências através dos locais onde os alentejanos se encontravam, onde trabalhavam, onde festejavam... Propomo-nos andar para trás, dos dias de hoje aos anos 50, da nova agricultura modernizada ao assassinato de Catarina Eufémia. Sem “parti pris”, no ano da celebração dos 50 anos da Democracia em Portugal.
Ponto de Encontro: Beja
Temas:
Resistência durante o Estado Novo, Catarina Eufémia, 25 de Abril, Reforma Agrária, ensino salazarista, sistema latifundiário alentejano.
Actividades:
Caminhada com a comunidade de habitantes de Aivados, Visita aos Núcleos Museológicos da Ruralidade: Comunidade de Aivados, Escola de Almeirim e Entradas, Participação no almoço comemorativo da Comunidade de Aivados, Actuação de Cante Alentejano Feminino.
Territórios:
Beja, Baleizão, Aivados, Almeirim e Entradas.
Dias e extensão:
1 noite e 1 dia, numa extensão de 150km.
Inclui:
Entradas nos núcleos museológicos de Aivados, Almeirim e Entradas;
Participação na caminhada comemorativa em Aivados;
Actuação de cante alentejano no segundo dia;
Jantar no primeiro dia;
Almoço no segundo dia;
Lanche ajantarado no segundo dia;
Acompanhamento por Intérprete do Património especializado;
Seguro de acidentes pessoais;
IVA à taxa em vigor.
PROGRAMA
Começamos com um jantar de grupo em Baleizão, onde encontraremos memórias da vida no campo e do assassinato de Catarina Eufémia. Aproximamo-nos no tempo e no espaço do Alentejo latifundiário antigo e actual, com as histórias e vivências que se projectaram nas manifestações do tempo da Reforma Agrária de 1975.
No dia seguinte, seguimos para o concelho de Castro Verde: começamos por Aivados, aldeia comunitária desde o século XVI. As terras perdidas durante o Estado Novo foram retomadas pelos aivadenses a 20 de Abril de 1975, numa ocasião hoje celebrada com uma caminhada seguida de um almoço em comunidade. Esta é a oportunidade ideal para descobrirmos um modo de vida diferente: o que partilham, como se organizam, como cuidam da sua aldeia. Passamos pelo memorial e atravessamos as terras de montado, num momento de contemplação da beleza do campo alentejano e conversa com os aivadenses.
Em Almeirim e Entradas, recuamos a meados do século passado. Visitamos uma Escola-Museu que guarda a memória escolar de tempos marcados pela ruralidade, sentamo-nos nas carteiras e imaginamos como se aprendia e como se ensinava.
Seguindo para Entradas, último ponto do nosso percurso, entramos no Núcleo da Oralidade, um museu que espelha o diálogo entre utensílios de oficinas, alfaias agrícolas e o som das aldeias. Concluimos o nosso Passeio na taberna do museu, entre petiscos, copos de vinho e cantares alentejanos das vozes femininas.